No ano passado havia lido o livro" Precisamos falar sobre o Kevin "de Lionel Shirever e fiquei um tanto atordoada com a narrativa da autora. É como um soco no estômago. Impressionante como a autora toca em pontos tão perturbadores como: “será possível uma mãe odiar o próprio filho?” , além de falar sobre a arrogância do povo americano e mostrar que é preciso desconstruir para encontrarmos certa respostas.
Uma bofetada em cada página.
Um questionamento à cada página.
Uma perfeição em todo conteúdo.
E ontem após toda a chateação contada no post anterior assisti ao filme baseado no livro e que leva o mesmo título. Raríssimas vezes em que assisto à um filme após ler o livro fico contente com o resultado. Mas esse foi uma das maravilhosas exceções. A fotografia, os atores e como o filme foi construído são brilhantes. A trilha sonora perfeita e ao mesmo tempo nos questiona...
Perfeitos para quem não se limita à American Pie.
Trailer do filme:
Sinopse do livro.
Lionel Shriver realiza uma espécie de genealogia do assassínio ao criar na ficção uma chacina similar a tantas provocadas por jovens em escolas americanas. Aos 15 anos, o personagem Kevin mata 11 pessoas, entre colegas no colégio e familiares. Enquanto ele cumpre pena, a mãe Eva amarga a monstruosidade do filho. Entre culpa e solidão, ela apenas sobrevive. A vida normal se esvai no escândalo, no pagamento dos advogados, nos olhares sociais tortos.
Transposto o primeiro estágio da perplexidade, um ano e oito meses depois, ela dá início a uma correspondência com o marido, único interlocutor capaz de entender a tragédia, apesar de ausente. Cada carta é uma ode e uma desconstrução do amor. Não sobra uma só emoção inaudita no relato da mulher de ascendência armênia, até então uma bem-sucedida autora de guias de viagem.
Cada interstício do histórico familiar é flagrado: o casal se apaixona; ele quer filhos, ela não. Kevin é um menino entediado e cruel empenhado em aterrorizar babás e vizinhos. Eva tenta cumprir mecanicamente os ritos maternos, até que nasce uma filha realmente querida. A essa altura, as relações familiares já estão viciadas. Contudo, é à mãe que resta a tarefa de visitar o "sociopata inatingível" que ela gerou, numa casa de correção para menores. Orgulhoso da fama de bandido notório, ele não a recebe bem de início, mas ela insiste nos encontros quinzenais. Por meio de Eva, Lionel Shriver quebra o silêncio que costuma se impor após esse tipo de drama e expõe o indizível sobre as frágeis nuances das relações entre pais e filhos num romance irretocável.
Referência: Site intriseca
3 comentários:
É um livro e filme que preciso ler e assistir. Não sei porque ainda não o fiz. Preguiça, talvez?! Provavelmente. :)
Fiquei sabendo da existência das obras no meu curso de explicações psicológicas para o crime, através de um colega...
Abraço
Keila, estou faz tempo querendo assistir a este filme pois estes dramas das relacoes humanas me interessam muito.
E possivel uma mae odiar um filho sim. E possivel um pai odiar um filho sim. E possivel "qualquer" ser humano odiar um outro ser humano.
As raizes, os comecos, as fundacoes de cada pessoa e o que decide como elas vao amar.
Se amarem........
Não sabia desse livro nem do filme. Duas ótimas indicações, vou por na minha listinha.
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Já comentei aqui outro dia, mas nem tinha reparado que você também participa do Projetos "101 coisas em 1001 dias". Eu nasci em Mateus Leme, mas não moro lá. Realmente achei aqui mais a minha cara. Já seguindo!
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