Foi bom. Sempre é bom cair na estrada e rever amigos e a família.
Já falei aqui sobre Major Porto e acrescento que a cidade continua a mesma, com a diferença do frio cortante dessa época e do luar maravilhoso. Foi bom, já falei?
Como acho que me saio melhor com as imagens do que com as palavras..
Sempre tive um certo receio de ler os 10 mais do New York Times. Ganhei do maridão o livro Diário de uma Paixão do famosinho ou famosérrimo, como preferir, Nicholas Sparks, e meu receio teve fundamento.
Ao contrário dos filmes que são baseados nas histórias do escritor como Meu Querido Jhon que é lindíssimo, o tal livro deixou muito a desejar, isso para mim, que gosta de histórias densas e envolventes. Me senti lendo as historinhas de Sabrina e Julia, nada contra quem os lê, mas é muito pouco para a minha mente delirante. O ponto alto do livro e que aqui confesso, chorei mesmo, é a narrativa do autor sobre como o mal de Alzheimer é devastador para a família do doente. Enfim, recomendo o livro para quem quer apenas curtir a história de um romance proibido, sem muitas reflexões, viagens ou afins.
Pela primeira vez, um filme beeeem melhor do que o livro.
Tá pra acontecer algo que mais odeio do que quebrar minhas coisas por pura lerdice. Meu pai, para me consolar, sempre disse que quebrar vasilhas é sinal de sorte...
A princípio minha atenção foi chamada pela imagem da mulher de olhar profundo e sobrancelhas unidas em um porta jóias de uma lojinha de souvenier. Depois deparei-me com a o rosto de Frida na parede de um sebo... e assim começou meu interesse pela comunista que morava em uma Casa Azul e fora absurdamente apaixonada por Diego.
Há pouco terminei de ler o Segredo de Frida Kahlo de Francisco Haghenbeck. Adquiri o livro pela capa, mais uma vez impulsionada pelos olhos de Frida.
Ao ler o livro descobri mais um dos segredos de Frida: ela cozinhava. Cozinhava e arrebatava os corações com sua comida mexicana, cheia de pimentas e intenções.
O autor mistura realidade e ficção em sua narrativa ao descrever a relação de Frida com Dieguito e com a morte. Para todas as ocasiões Frida tinha um prato: fosse para alimentar as alegrias, as desilusões, os desafetos, a arte ou os mortos.
Terminei de ler o livro com uma visão menos romantizada da artista ao descobrir que Frida Kahlo foi puro sofrimento.
"Todas as mulheres são grandes. Cada uma é minha afilhada por direito próprio; assim como eu possuo o dom da morte, vocês têm o dom da vida [...] Porque você é Frida, e só existe uma Frida. Não é preciso uma razão mais poderosa que essa. [...] Está pronta para voltar a viver?"
Tinha sido um dia tenso e complicado. Um dia que deixou-me chateada e revoltada. Saí da escola em que estavas tentando uma nova vaga puta da vida e revoltada com o senhor governador de Minas Gerais. Saí andando cuspindo abelha africana e entrei em uma lanchonete para tomar um café, uma cerveja ou uma dose de estriquinina.
Na lanchonete havia vários livros dispostos nas mesas, uma música ambiente bem suave e mensagens lindas no telão. Só haviam eu e a atendente no local. Ao pedir um cafezinho tive a grata surpresa de receber essa xícara.
Uma das coisas que mais curto é parar tudo para tomar um café. Café combina com conversa fida, com dias frios, com encontros, com paisagens mineiras, com pausa no trabalho, com pão, torradas e pão de queijo. Aqui em casa nunca faço café só para mim, acho triste. Então o pó sempre vence e ainda não sou um ser tão evoluído a ponto de acordar antes do marido, às seis da madrugada, para passar um cafézin quentin.
Sou avessa à capucinos, expressos e misturas exóticas. Café tem que ser simples, puro ou com açúcar, não suporto adoçante no café.
Dia desses experimentei um café passado no coador de pano no Pelé Arena Café e Futebol. Paguei 5 pilas pelo café que é servido no maior charme mineiro. Os baristas que me perdoem, sei que nunca devemos usar água fervente para passar o café, mas para o meu paladar de pobre café tem que ser pelando.